Células com HIV se autodestroem em pesquisa

Promissora pesquisa com o HIV consegue fazer células infectadas se autodestruírem, o que seria uma esperança de cura para as mais de 33 milhões de pessoas portadoras do vírus no mundo.
Atualmente, os tratamentos existentes não erradicam o vírus das células hospedeiras, mas sim impedem que ele se replique e atrasam o aparecimento dos sintomas da AIDS.

No entanto, esta nova pesquisa publicada no periódico AIDS Research & Therapy descreve uma abordagem nova para eliminar o vírus: destruir todas as células infectadas.

O HIV se espalha pelo corpo humano quando o DNA do vírus é incorporado ao genoma do hospedeiro. Isso porque, por ser um vírus, o HIV precisa usar a estrutura das células de seu hospedeiro para se replicar. Ele  se integra ao genoma humano apenas inserindo um pedaço de seu DNA que seja o suficiente para se replicar – mas não o bastante para causar instabilidade no genoma de seu hospedeiro e levar à morte programada da célula infectada.


Basicamente, se o corpo do hospedeiro sentir algo muito estranho, ele mesmo irá auto-destruir a célula.
As terapias atuais funcionam bloqueando essa replicação em diferentes níveis, mas não eliminam as células infectadas.

Foi buscando uma forma justamente de eliminar estas células que os professores Abraham Loyter e Assaf Friedler, na Hebrew University, em Jerusalém, montaram uma equipe de pesquisa. O objetivo era tentar induzir um aumento da integração do DNA do HIV no genoma humano, levando à destruição da célula.

Para isso, eles desenvolveram peptídeos (chamados de “mix”) que podem penetrar nas células infectadas e simular a atividade da integração viral. A simulação resultou em um aumento no número de moléculas do DNA do vírus integradas nas células. Isso fez com que essas entrassem no “modo pânico”, o que causou sua autodestruição.

Apesar de resultados promissores, esta ainda é uma pesquisa preliminar. Os experimentos só foram capazes de “curar” o HIV em pequenas porções de células cultivadas em laboratório. Mesmo assim, os pesquisadores estão otimistas com a possibilidade de esses estudos levarem a uma cura definitiva.


Via: Info Online

0 comentários:

Postar um comentário