O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) apresentaram hoje os primeiros resultados do Censo da Web .br.
O estudo pretende analisar os domínios registrados com .br, mas após 18 meses já obteve dados sobre os domínios .gov.br.
São 11.856 sites do com esta terminação, sendo as regiões sul e sudeste responsáveis por quase 60% desse montante. A linguagem php/php3 é a mais utilizada nestes endereços, seguida pela asp/aspx.A pesquisa também mostrou que mais da metade dos servidores web utilizados pelos .gov.br são Apache. O Microsoft/IIS detém 31% deste índice. Os servidores de hospedagem são maciçamente brasileiros, assim como a versão do IP utilizada, o IPv4.
O censo surgiu de um pedido do governo federal, segundo Antonio Moreiras, gerente do Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (CEPTRO). “O governo nos pediu que desenvolvêssemos um trabalho sobre o nível de acessibilidade dos sites”, diz ele.
A análise leva em conta informações como local do servidor, versão do IP, exatidão da hora do site, documentos, tempo de resposta, entre outros. O trabalho consiste em ferramentas como Web Crawlers, que mapeiam páginas e links da web, explica Moreiras.
Problemas presentes e resultados futuros - Hartmut Glaser, diretor executivo do CGI.br, afirma que o censo é uma tentativa de “fomentar uma política da internet no Brasil”. Segundo ele, os resultados da pesquisa são uma foto da internet brasileira, mas existem alguns indicativos de problemas. Como exemplo, o fato de apenas 2% dos sites .gov.br serem acessíveis para deficientes físicos ou de metade da web brasileira ser hospedada em servidores internacionais — o que cria uma falsa idéia de economia, segundo Glaser.
Para Vagner Diniz, gerente da W3C Brasil e um dos coordenadores do censo, outro problema foi o alto índice de sites que apresentaram erros nos padrões HTML do consórcio, quase 90%. Diniz também disse que até o fim do ano serão apresentados outros resultados de domínios como os .org ou de profissionais liberais. “O .com.br será o último a ser apresentado”, afirma ele.
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